quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sem saber escrever próprio nome, aluno será aprovado em escola do AM



Menino não consegue escrever o próprio nome, segundo avô (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Menino não consegue escrever o próprio nome,
segundo avô (Foto: Reprodução/TV Amazonas)

Preocupado com o futuro do neto, o comerciante Antônio Marques, de 55 anos, tenta reforçar os estudos do neto em casa. Aos nove anos, o garoto não sabe escrever o próprio nome e tem dificuldades de fazer operações básicas de Matemática. Segundo o comerciante, o aluno será aprovado em uma escola pública de Manaus para o terceiro ano do Ensino Fundamental.
Sob o olhar atento do avô, o garoto procura aprender em casa os ensinamentos repassados na escola. No boletim, ele apresenta boas notas, mas na prática o resultado é diferente: contas de somar e subtrair ainda são desafios para o menino. A situação gera preocupação no avô.
"Um prédio não pode começar a ser construído do quinto andar, tem que ter a base. Esse menino não tem base alguma. Ele não sabe nem assinar o nome. Não dá para ser ninguém assim", disse.
Segundo a profissional, há males irreparáveis se a criança não conseguir aprender o assunto da escola. "Muitos professores em sala de aula, pouca estrutura para se trabalhar. Os pais deveriam exigir a reprovação se constatassem que as crianças não estão aptas a seguir na escola", explicou.
Em 2010, o Ministério da Educação (MEC) decidiu que o processo de alfabetização seria contínuo. Nos três primeiros anos, nenhum aluno pode ser reprovado. Para o neto de Antônio Marques e muitas outras crianças, o resultado disso é 'prejuízo na certa'. É o pensa a psicopedagoga Ivone dos Reis, que há 30 anos lida com crianças que possuem déficit de atenção.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que conforme estabelece a resolução do MEC, por meio do Conselho Nacional de Educação Básica, nº 7, de 14 de dezembro de 2010, o processo de alfabetização é contínuo e que deve ser concluído ao final dos três anos iniciais do Ensino Fundamental.
FONTE: G1.globo

4 comentários:

  1. É um retrocesso o que está acontecendo nesta parte do norte do brasil, um entendimento deturpado do processo de educação continuada, infelizmente é a realidade da "educação no brasil", porém vale a pena ressaltar é a "escola" do Pobre brasileiro. Algo precisa ser feito com urgência.

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  2. Pior que isso impossivel!
    Mas é isso, nossas autoridades querem formar cidadãos ignorantes e essa maioria dificilmente vai se juntar com a minoria "capaz de raciocionar todo o contexto social da educação" para serem revolucionarios do século XXI.
    Precisamos formar uma DITADURA PARA O BEM DA EDUCAÇÃO COM DIGNIDADE E TRANSFORMADORA PARA O FUTURO DO BRASIL.

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  3. Acho isso um verdadeiro descaso com a população. Como um aluno que não sabe escrever o próprio nome irá passar de série? Que tipo de avaliações eles fazem para verificar o conhecimento dos alunos?
    As autoridades deveriam tomar alguma providência URGENTE em relação a essa escola.

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  4. Essa é questão bem complicada de ser discutida, já que já é lei o aluno não ser reprovado nesses três primeiros da educação. Em minha opinião essa lei deveria ter alterações, pois o aluno progride para níveis mais altos, como ele poderá realizar atividades mais complexas se não consegue escrever o próprio nome?
    É necessário também rever esse ensino, pois algo está acontecendo para que o aluno ainda não tenha essa habilidade.

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